Título: A construção psicossocial da figura do professor na perspectiva da criança
Orientadora: Selma de Cássia Martinelli
Resumo:O interesse pelo estudo, das representações de alunos sobre o professor, deve-se ao fato de que se tem tratado muito em pesquisas sobre a importância das relações interpessoais na aprendizagem dos estudantes. Assim a literatura tem apontado que a relação estabelecida com o professor e a imagem social construída do mesmo tem grande influência na motivação do aluno e consequentemente na aprendizagem escolar considerando esses aspectos. O presente estudo tem por intuito investigar como se apresenta a figura do professor no imaginário infantil, partindo das considerações dos alunos, para buscar entender a relação com o professor e a motivação para a aprendizagem. Como parte dos fundamentos teóricos pretende-se abordar questões como a construção da figura do professor e a questão social envolvida nesse processo de construção, mostrando assim que a aquisição do conhecimento não é uma construção unicausal e nem unilateral , e sim um processo onde muitas variáveis estão envolvidas. O número previsto de participantes na pesquisa é de aproximadamente 300 crianças, na faixa etária de 6 e 11 anos de idade, de uma escola de Campinas, Estado de São Paulo. Para conseguir corresponder aos objetivos propostos pela pesquisa serão usados dois instrumentos para a coleta de dados: uma Escala para avaliação da motivação escolar infanto-juvenil, que foi construída para ser utilizada com crianças de 8 a 11 anos de idade, com a finalidade de fornecer informações sobre como a criança e o adolescente se percebem em relação às fontes de sua motivação (intrínseca e extrínseca) como também sua intensidade. Como segundo instrumento serão utilizadas figuras de professor e alunos, representando diversas situações que possam ocorrer no cotidiano escolar. Será solicitado dos estudantes que escolham de acordo com seu próprio interesse 3 figuras dentre as 10 apresentadas. A partir da escolha os estudantes serão questionados, através de uma entrevista sobre o porque da escolha daquelas figuras, o que elas demonstram, como ele percebe essa situação apresentada entre outras questões. O pesquisador não deverá dar qualquer orientação, muito menos exprimir juízo de valor, sobre a escolha ou resposta das crianças. Assim de maneira implícita deve fazer com que a criança se sinta à vontade para informar literalmente tudo o que é perceptível a ela diante daquela figura que ela escolheu. Os dados passarão por um trabalho qualitativo e quantitativo. Categorias de respostas serão criadas para analisar as questões do questionário. Análises correlacionais serão propostas para verificar as relações entre as orientações motivacionais e as categorias estabelecidas.
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